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19 de agosto de 2009

Coisas Flutuantes


Liberdade - Leila Rodrigues 

Às vezes me pego pensando sobre coisas...
Coisas que parecem flutuar...
Que ficam entre a realidade e a fantasia
Difíceis de explicar ou classificar

São vontades, expectativas, fatos...
Suspensos em uma frágil fração de tempo
Seguindo-me paralelamente
Surgindo a todo momento

A aventura faz parte do ser humano
Em grau menor ou maior,
É ela que nos faz evoluir, ir além do conhecido
Desbravar mares, matas e espaços

Quem em sã consciência exploraria
Mares raivosos ou o espaço infinito?
Por que, então, eu não poderia
Explorar o meu íntimo?

São sentimentos que surgem novos e grandiosos
Misto de medo e deleite
Mas são próprios do ser humano,
Da mais genuína força: o instinto.

Desato todos os nós
Que me prendem ao que não quero
Hoje posso dar-me esse presente
De ser “eu” verdadeiramente.

Não há laços que me prendam
Não há pedras em meu caminho
Minhas mãos são ferramentas
Que dão vida ao meu destino

Meus pés ganham asas
Quando a cabeça as requer
Não firo, nem desacato
Apenas sou Mulher.

(Leila Rodrigues - 28/05/09)

Um comentário:

  1. Essa imagem é hipnótica (pelo menos para mim...). É conceitual, primitiva e expressiva ao extremo. Quantos poemas essa imagem não inspiraria? Casamento perfeito de imagem e texto. Parabéns.

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